Como
tenho sempre falado sobre a alimentação-lixo que temos consumido, não posso
deixar de reiterar sobre um alimento que é vendido como opção saudável de óleo,
e mais uma vez somos feitos de idiotas e cobaias, e caímos nas armadilhas da
indústria alimentícia. Esse engodo é o óleo de Canola.
Voltando
um pouco ao passado, você deve lembrar que, a margarina foi apresentada como
alternativa mais saudável para a manteiga, e vista por muitos 100% vegetarianos
(ou veganos, como preferir) como a “salvação da lavoura”. Não demorou
muito, após algumas pesquisas, se comprovar que a margarina era tão saudável
quanto plástico derretido. E afirmo que, ainda hoje, muitos desconhecem fatos
como esse. Imagine sobre o óleo de canola.
veja o vídeo
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O
interessante é que, o óleo de canola, além de ser vendido em frascos como
alternativa ao óleo de soja, também está sendo usado largamente em alimentos
processados, como congelados prontos, em pratos de restaurantes, inclusive
vegetarianos, e até sendo vendido, em lojas de produtos naturais e orgânicos,
como um “óleo cheio de propriedades benéficas”. E se não bastasse, médicos,
nutricionistas e “especialistas” atestam suas benesses, e indicam sem medo.
Não, não e não!
Canola
é um novo nome de Colza, um 'tipo' de mostarda que foi ou é a mesma planta
utilizada para a produção do agente mostarda, gás letal usado de forma terrível
nas últimas grandes Guerras Mundiais.
Em
primeiro lugar, é preciso estabelecer a seguinte questão: o que é canola, que afinal,
nem consta nas enciclopédias (Comptons e Encarta de 96)?
Veja
só: Canola é novo nome de um 'tipo' de Colza.
Para
começar, canola sequer é um vegetal, mas uma sigla para “CANADIAN OIL”. Esse
óleo é produzido, processado e exportado pelo Canadá. Através de lobby, o
governo canadense fez com que o FDA (órgão americano que controla medicamentos
e alimentos) classificasse a canola como “GRAS”, termo em inglês para
“Considerado seguro em geral”. Essa manobra fez com que os testes de qualidade
de longo termo não fossem realizados, contribuindo para que a farsa persista
até os dias de hoje. E só a partir dos anos 2000, as pesquisas em Universidades
fizeram cair por terra à farsa da “planta canola”.
Mas
se a canola não é um vegetal, de onde ela vem? Vem da colza, um grão, cujo
governo canadense subsidia a maior parte dos custos de plantio e colheita. É um
vegetal barato, fácil de crescer e resistente a insetos. Dessa forma, o óleo de
canola é mais barato e mais fácil de ser usado em alimentos processados, se comparado
a óleos mais saudáveis e prensados a frio, como o azeite de oliva.
Seu
nome original é óleo “Lear”, ou óleo de colza com baixo ácido erúcico, um
híbrido da colza natural, desenvolvido para remover a maior parte do ácido
erúcico, que é altamente tóxico. Óleo de colza é tão tóxico, que animais e
insetos não o ingerem.
Detalhe,
tal óleo foi utilizado pela primeira vez já no século XX como óleo industrial.
Para evitar rejeição e conflitos ao ser utilizado como óleo para consumo
humano, o nome do óleo deveria ser modificado, e é daí que vem o termo
“Canola”, utilizado desde 1988.
Agrotóxico “Roundup”
Colza é uma planta da família das brássicas - Brassica campestris. Portanto, como já foi escrito acima, a colza é um 'tipo' de mostarda que foi ou é a mesma planta utilizada para a produção do agente mostarda, gás letal usado de forma perversa nas últimas Guerras Mundiais. Repito para que você não esqueça a sua origem!
Colza é uma planta da família das brássicas - Brassica campestris. Portanto, como já foi escrito acima, a colza é um 'tipo' de mostarda que foi ou é a mesma planta utilizada para a produção do agente mostarda, gás letal usado de forma perversa nas últimas Guerras Mundiais. Repito para que você não esqueça a sua origem!
O óleo de colza é muito utilizado como substrato de óleos lubrificantes, sabões e combustíveis, sendo considerado venenoso para coisas vivas: eficiente repelente (bem diluído) de pragas em jardins. Ou seja, é um potente agrotóxico (veja a imagem da embalagem ao lado). Este poder tóxico é proporcionado pela alta quantidade de ácido erúcico contido no óleo.
O óleo de colza tem sido usado de forma alimentar no Extremo Oriente, na forma não refinada, e contrabalançada com uma dieta rica em gordura insaturada, o que evitaria seus graves efeitos tóxicos.
Mas
tem mais. Como é lógico presumir, a Monsanto (multinacional de agricultura e
biotecnologia, líder na produção de sementes geneticamente modificadas – os
Transgênicos, da soja DNA transgênico “Roundup ready” e do herbicida glifosato,
vendido sob a marca “Roundup”, ver imagem ao lado) também está envolvida, e fez
modificações genéticas na colza, para que se tornasse resistente às altas
dosagens do agrotóxico Roundup (usado virtualmente em todas as culturas
graneleiras, em todo o mundo).
Além da questão do Roundup, o óleo ainda é aquecido a mais de 300 ºC, como forma de retirar o terrível odor que possui. É válido lembrar, que óleos processados passam por outros processos como a degumação, acidulação, clarificação, extração química a base de solventes; todas técnicas que viabilizam uma produção industrial, de algo que faz mal a nossa saúde.
No entanto, no ocidente, o objetivo era produzir um óleo com pouca gordura poliinsaturada, e boa quantia de ácido oléico e ômega-3. O óleo de oliva tem estes predicados, mas sua produção em larga escala é dispendiosa.
Aí entram em cena empresas de 'ótimas intenções', como a Monsanto (como foi explicitado acima) e produz uma variação transgênica da colza.
Para evitar problemas de marketing, usa o nome CAN - OLA ( “Canadian low oil”, ou óleo canadense). Isto mesmo: CANOLA é absolutamente transgênica.
Sua comparação aos benefícios do óleo de oliva não passa de uma estratégia de venda: o óleo de oliva é bem mais caro, mas o de canola é mais caro do que os outros óleos que estão no mercado, apesar de ser de produção baratíssima! Bom negócio, enfim.
Mesmo assim, vou explicar técnica e nutricionalmente, a diferença entre o óleo de canola e de oliva extra virgem.
O óleo de canola é monoinsaturado, o que significa que nesse aspecto, é semelhante ao azeite de oliva e mais barato; e é justamente nesse ponto que há a ênfase de marketing. Mas as semelhanças param por aí, já que o azeite de oliva extra virgem real não é processado, nem contém ácidos graxos transgênicos e tóxicos, ou outros componentes geneticamente modificados. Em termos de óleos para consumo humano, o óleo de canola contém os índices mais baixos de ácidos graxos essenciais, e são justamente tais ácidos que oferecem os maiores benefícios para a saúde. Não se esqueça que, os ácidos graxos essenciais são responsáveis por produção de energia, aumento de metabolismo, aumento de crescimento muscular, transporte de oxigênio, crescimento normal celular, funções nervosas e regulação hormonal, e principalmente, auxiliam na diminuição dos níveis de triglicerídeos e colesterol ruim LDL.
Depois
de muitos anos foi vinculada na imprensa, uma série de estudos não divulgados
anteriormente, demonstrando a nocividade do óleo de canola.
Um exemplo foi o estudo feito a partir de criadores de porcos, que achando que a ração à base de óleo de canola na fórmula, fosse a mais adequada para sua criação, passaram a só alimentá-los com este tipo de ração. Após alguns meses, muitos criadores se surpreenderam negativamente, já que esta ração acarretou uma perigosa redução de vitamina E, e as plaquetas sanguíneas dos suínos se tornaram mais rígidas, impedindo o fluxo sanguíneo. Muitos ficaram severamente doentes.
O
óleo de canola está longe de ser tão salutar assim como se alardeia. Produz
déficit de vitamina E, que é um antioxidante natural. Observem que, os
alimentos feitos com canola embolaram mais rapidamente.
As
pequenas quantidades de ácido erúcico, que ainda persistem na planta alterada
(transgênica), continuam sendo tóxicas para o consumo humano (e também de
animais, como o caso dos porcos acima), e esta ação tóxica é cumulativa.
Existem relatos de inúmeras outras enfermidades ligadas à ingestão e até mesmo
a inspiração de vapores de canola (possível vínculo com câncer de pulmão).
Se
observar bem, pode deixar um cheiro rançoso nas roupas, pois é facilmente
oxidado, e seu processo de refinamento produz as famigeradas gorduras trans
(igual problema de muita das margarinas) relacionadas às graves doenças
incluindo o câncer, e outras degenerativas.
Outros testes descobriram vários desequilíbrios entre os micronutrientes naturais. Esses desequilíbrios são parte do que a tecnologia faz para criar alimentos-venenos e minar a saúde humana em longo prazo.
Outros testes descobriram vários desequilíbrios entre os micronutrientes naturais. Esses desequilíbrios são parte do que a tecnologia faz para criar alimentos-venenos e minar a saúde humana em longo prazo.
A
canola também ilustra um jeito de funcionar das megas empresas de
biotecnologia, de que tudo podem, desde que o custo seja baixo, e o retorno
financeiro seja elevado e garantido, e sem jamais se preocuparem com as
conseqüências.
Bem, se você não queria usar transgênicos sem seu expresso consentimento, mas já usou o óleo de canola, talvez até aconselhado pelo seu cardiologista ou nutricionista, fazer o quê?
Perdemos o direito desta opção quando nos foi retirada toda a informação. Mas se é tão bom assim como se diz, porque não informar tudo a respeito?
Em abril de 2002, nos Estados Unidos, o CFS (Centro de Segurança Alimentar) e o GEFA (Alerta de Alimentos Geneticamente Produzidos) pediram uma investigação criminal contra a “Monsanto” e a “Aventis”, e também contra o Departamento Americano de Agricultura, que haviam permitido o ingresso ilegal de sementes de colza modificada para dentro do território americano, antes da aprovação legal desta importação para produção local.
Aqui no Brasil e nos Estados Unidos tudo funciona meio parecido. A própria liberação da canola no território americano contou com estímulo de US$ 50 milhões do governo Canadense, para que o FDA (órgão regulador) facilitasse seu ingresso na indústria alimentar de lá, mesmo sem os adequados estudos de segurança em humanos.
Enfim, novamente nos defrontamos com uma situação em que a mão do homem subverte o bom senso entre ciência e saúde, ao que parece porque os interesses econômicos são muito mais persuasivos que os interesses dos consumidores. E tudo muito escamoteado ou até protegido por órgãos governamentais, que a priori, deveriam funcionar para servir e proteger o consumidor.
Mas o pior, é que não podemos contar com os meios de informações, que sistematicamente informam o que interesses maiores julgam mais oportuno.
A canola, podemos ter certeza, é uma fração pequena do mundo obscuro do capitalismo científico, que pesquisa fontes de enriquecimento muito mais entusiasticamente do que as verdadeiras fontes de saúde, vida e paz!
Então, não se deixe enganar pela pesada propaganda que acompanha o óleo de canola , nem seu rótulo que apregoa benefícios para o coração com selos de orgãos “competentes”, que nem sabem do que se trata; ou será que sabem?
É
bom esclarecer que não é só a Monsanto que produz alimentos transgênicos,
existem outras empresas de biotecnologia de alimentos como a Basf, e inclusive,
a nossa Embrapa, já criou alimentos geneticamente modificados e faz
melhoramentos genéticos constantes. A própria planta “Colza”, de que é retirado
o óleo de Canola, é fruto de melhoramentos da Embrapa para a produção nacional.
“No
Brasil, desde de 2007, se cultiva apenas canola de primavera, da espécie
Brassica napus L. variação “oleifera”, que foi desenvolvida por melhoramento
genético convencional da colza (variação transgênica produzida pela
Multinacioal de Alimentos Monsanto), grão que apresentava teores mais elevados
de ácido erúcico e de glucosinolatos. Na Embrapa Trigo as pesquisas e
experiências com a produção e uso de óleo de colza já passou pelo combustível,
no final dos anos 1990 retomou-se a pesquisa com essas culturas, exclusivamente
com o padrão canola. Atualmente, com a demanda pelos biocombustíveis, essa
cultura conta com um novo incentivo de produção. Este “Sistema de Produção” é
mais um resultado do esforço que a equipe de pesquisadores da Embrapa Trigo vem
realizando em favor do desenvolvimento da cultura de canola no país.”
(Informação fornecida Gilberto R. Cunha ex-Chefe-Geral da Embrapa Trigo)
Portanto,
“Colza” é uma planta transgênica, produzida pela multinacional Monsanto, e por
isso o título do texto “ A planta que Deus não criou”. Muitos países, ainda
pagam royalties à Monsanto pela comercialização de seus derivados, como o óleo
do Canola.
Os
alimentos geneticamente modificados não têm mais de 30 anos de exploração
efetiva, como então, atestar que não causem doenças, malefícios ou desordens
orgânicas?
O
que já foi comprovado e podemos afirmar in loco é o dano ao meio ambiente.
Pequenos insetos, muito importantes para o ecossistema, inclusive abelhas,
desaparecem durante e após as lavouras de sementes geneticamente modificadas. E
o que dizer da perda da biodiversidade de grãos, sementes e frutos, ao se
priorizar a monocultura do arroz, da soja, do milho transgênico, etc.
E
a questão sócio-econômica? As grandes empresas de biotecnologia como a
Monsanto, Basf, etc., cobram royalties que muitos países pobres não podem
pagar, e acabam se endividando e se tornando co-dependentes destas
multinacionais. Os pequenos agricultores ficam à mercê do preço estipulado dos
grãos e sementes de poucas empresas de transgênicos, e não tem outra opção de
compra. É o oligopólio em franca expansão! E ainda, a competição desleal com
pequenos grupos de agricultores familiares, que são facilmente “engolidos”
pelos preços competitivos das multinacionais de transgênicos. Estas famílias de
pequenos agricultores são de suma importância para evitar o inchaço das
cidades, pois fixam o homem no campo, e ajudam na conservação ambiental, já que
seu “ganha pão” depende de sua terra, e farão o possível para o cultivo
sustentável e preservação.
Repassem
para seus amigos, e continuem com seus bons e velhos óleos de milho (sem
transgenia), girassol, gergelim, soja (também sem transgenia, obviamente),
etc.; ou ainda melhor, com o azeite extra virgem de oliva com até 0,5% de
acidez (sem levá-lo a altas temperaturas, é claro!).
JAQUELINE LOUIZE
Nutrição / educação física
Nutrição / educação física
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